Acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia devem contribuir para ampliar as exportações paraenses no mercado europeu em 2025

O Pará manteve sua relevância no comércio exterior em 2024, ficando entre os três maiores exportadores do Brasil com um crescimento percentual de 3,06% em comparação com 2023. O Estado registrou um saldo comercial positivo de US$ 20.916.083.990 bilhões, com exportações que totalizaram US$ 22.967.437.504 bilhões e importações que somaram US$ US$ 2.051.353.514 bilhões, representando crescimento de 7,26%. Os dados são do Ministério da Economia, analisados e divulgados pelo Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA CIN).

O Pará consolidou sua posição de liderança na Região Norte, respondendo por 77,9% das exportações regionais, que totalizaram US$ 29.633.386.377 bilhões. O Estado também se destacou como o segundo maior exportador da Amazônia Legal, ficando atrás apenas do Mato Grosso, e alcançou a sexta posição no ranking nacional de exportações, atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Paraná.

Para o presidente da FIEPA, Alex Carvalho, o desempenho positivo da balança comercial do Pará reflete a força econômica do Estado e sua contribuição para o desenvolvimento regional e nacional. “Os números demonstram claramente o protagonismo do Pará no cenário econômico, mas precisamos ir além. Nossa economia ainda é fortemente baseada na exportação de commodities, que têm, sim, um papel importante na geração de emprego e renda. No entanto, podemos amplificar essa contribuição através da verticalização da produção industrial. Isso exige um esforço conjunto para melhorar a atratividade do nosso estado, por meio de mecanismos que incentivem a modernização do parque industrial. Precisamos destravar de uma vez por todas os impasses ambientais que até então têm sido obstáculos à implantação da infraestrutura logística moderna e eficiente, incluindo novos modais de transporte que facilitarão o acesso a insumos e o escoamento da produção, propiciando a chegada de novas indústrias, em especial aquelas do setor de bioeconomia. Esses são pilares fundamentais para alavancarmos o crescimento sustentável em 2025 e garantirmos que o Pará usufrua plenamente dos benefícios de uma economia forte e integrada”, destacou Carvalho.

Mineração – O resultado da balança comercial paraense em 2024 foi impulsionado pelo setor mineral, responsável por 84% do total exportado pelo Estado. Mesmo com uma variação negativa de -1,53%, o minério de ferro liderou o segmento, movimentando US$ 12.785.190.757 bilhões, com 168.532.705 toneladas, tendo a China como principal mercado. O cobre apresentou alta de 24,48% e alcançou US$ 3.053.115.231 bilhões; a alumina calcinada cresceu 16,33% e somou US$ 1.883.985.103 bilhão; e o alumínio não ligado e seus derivados tiveram um crescimento de 48,68%, registrando US$ 234.619.219 milhões.

Outros produtos – Produtos como soja e carne bovina também ganharam destaque. Apesar da variação negativa de -9,31%, a soja exportou US$ 1.502.852.432 bilhão e 3.479.769 milhões de toneladas, tendo como principal comprador a China. Já a carne bovina registrou alta de 45,62% com valor exportado de US$ 736.562.430 milhões, com destaque para os mercados da China e Oriente Médio.

Cidades paraenses que mais exportaram em 2024 – Canaã dos Carajás (PA) aparece como a terceira cidade que mais exportou no país no último ano, com US$ 6.702.550.801 bilhões e destaque para o minério de ferro, ficando atrás das cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Duque de Caxias (RJ). Parauapebas (PA) também aparece entre as seis cidades brasileiras que mais exportaram, com US$ 6.245.678.432 bilhões, também com o minério de ferro.

Perspectivas para 2025 – O Acordo de Livre Comércio entre Mercosul e União Europeia, previsto para entrar em vigor em 2025, promete abrir novos mercados e aumentar as oportunidades para o Pará. Setores como mineração, agronegócio e bioeconomia devem se beneficiar do acesso facilitado a mercados europeus, com tarifas reduzidas e maior competitividade. No entanto, especialistas alertam que o Estado precisa investir em infraestrutura, inovação e sustentabilidade para aproveitar ao máximo as oportunidades e enfrentar os desafios desse novo cenário econômico global.

Last modified: 14/01/2025